O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic, que é a taxa básica de juros da economia, subiu para 10,75%. Segundo Rodrigo Fonseca, assessor de Investimentos da Sicredi Expansão, a medida visa conter a inflação a médio e longo prazos. A expectativa do mercado é de que a taxa continue subindo até atingir 11,50% ao ano em janeiro — com um crescimento de 1 ponto percentual ao todo.
“Para o investidor é ótimo, principalmente o investidor de Renda Fixa. Porque quanto maior a Taxa Selic, maior a taxa de juros, maior a remuneração”, explica Fonseca. Isso porque produtos como o CDB, o RDC, a LCA e até a poupança têm como indexador a taxa Selic. A expectativa dos analistas é de que esta seja a primeira alta de uma sequência que deve ir até o começo de 2025.
A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia e serve como referência para as taxas de empréstimos e financiamentos. Se há um aumento na Taxa Selic, a economia contrai, fazendo com que os empréstimos e financiamentos tenham parcelas maiores. No caso de diminuição, há mais estímulos à contratação de financiamentos e empréstimos.
"Se falando em renda variável, aquele tipo de investimento que tem maiores oscilações como as ações, ela também é afetada indiretamente pela mudança na Selic. Um exemplo disso foi o período da pandemia, onde tivemos a mínima história da taxa Selic que chegou a 2% ao ano. Naquele momento, os investidores teriam uma remuneração baixa se aplicassem em renda fixa e esse fato fez com que grande parte dos aplicadores migrassem para a bolsa de valores, pois as chances de ter um retorno maior do que 2% ao ano era factível", informa o assessor de Investimentos, Vinícius Madeira.
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