Uma operação realizada pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), nesta quinta-feira (07), identificou diversos problemas em unidades de saúde da rede municipal de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Batizada de "Tapa buraco", a fiscalização teve objetivo de averiguar denúncias encaminhadas à autarquia sobre a falta de profissionais de enfermagem nas unidades básicas de saúde, além de outros problemas.
Das 49 unidades que compõem a rede municipal de saúde, a ação visitou 16 locais, outros quatro já haviam sido alvos de uma fiscalização do Conselho, ocorrida no início desta semana. Do total de unidades fiscalizadas, seis não contavam com a atuação de enfermeiros, apenas de técnicos de enfermagem, o que é ilegal, de acordo com a Lei do exercício profissional da enfermagem.
Além disso, todas as unidades de saúde fiscalizadas possuíam problemas como falta de medicamentos, entre eles dipirona e os utilizados no tratamento de diabetes e hipertensão. Os locais também possuem déficit de materiais para curativos, equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas e outros insumos. Os profissionais que trabalham nas unidades também relataram que falta água para consumo e até papel higiênico nos banheiros.
"A operação foi com o objetivo de identificar a presença desses profissionais, mas constatamos questões ainda mais graves, como falta de medicamento, falta de materiais, unidades sem condições para prestar assistência à população, com sala de curativo fechada, vacina indisponível à população", detalhou a Chefe do Departamento de Fiscalização do Coren-PE, Drª Ivana Andrade. Além de notificar a gestão municipal, o Departamento de Fiscalização do Coren-PE, através da Procuradoria da autarquia, vai encaminhar um relatório detalhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
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